domingo, 20 de novembro de 2011

Decálogo da Paz




1. Aprenda a desculpar infinitamente para que os seus erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.

2. Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-se a palavra fraterna em momento oportuno.

3. Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.

4. Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a ideia de superestimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.

5. Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-se a indesejável situação e o lugar triste.

6. Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.

7. Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.

8. Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.

9. Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.

10. Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca  mas, sim, testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.

ANDRÉ LUIZ. De "Mentores e Seareiros".
Psicografia de Francisco Candido Xavier



sábado, 19 de novembro de 2011

FESTA DE COSME, DAMIÃO E DOUM














          Na Umbanda, a falange das crianças são o símbolo da alegria, da paz e da pureza. Incorporadas em seus médiuns, trazem mensagens de incentivo, leveza e muita sabedoria.
         Com o sincretismo religioso, a falange das crianças na Umbanda está ligada aos santos católicos: São Cosme e Damião.
       Cosme e Damião eram irmãos gêmeos originários da Arábia da época do Imperador Diocleciano. Vinham de uma família numerosa. Estudaram Medicina na Síria, passando a praticá-la em Egéia, Cilícia e Ásia Menor. Os gêmeos se converteram ao Cristianismo e faziam curas através da oração. Associaram à Medicina, o poder da fé e da oração. Começaram com a cura de animais e depois, tratavam e curavam as crianças. Ficaram muito famosos por suas curas e não cobravam pelos serviços prestados. Viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor. No entanto, essa atividade começou a chamar a atenção das autoridades. Havia eclodido a terrível perseguição de Diocleciano, por volta do ano 300d.C. 
        O governo imperial ordenou a prisão dos dois médicos, acusados de inimigos dos deuses pagãos. Passaram por várias torturas, mas não negaram sua condição de cristãos. Foram condenados à morte e decapitados juntos com seus três irmãos: Antímio, Leôncio e Euprépio. Os corpos dos gêmeos foram transportados para Cairá, na Síria e depositados mais tarde numa igreja, que recebeu o nome dos Santos Gêmeos.
       A festa católica de São Cosme e Damião é no dia 26 de setembro, com distribuição de balas e guloseimas para as crianças. Algumas pessoas fazem promessas para os santinhos e ajudam as crianças pobres com ofertas de doces e bolos. É um gesto muito bonito.
        A comemoração na Umbanda é no dia 27 de setembro.
       Quem é Doun na Umbanda? Doun representa a criança na Umbanda além de representar junto com Cosme e Damião, a trindade. E, por esse motivo, Doum foi inserido no contexto dos trabalhos espirituais da Umbanda.

       Sua representação como crianças é simbólica. Eles se adaptam à forma astral de crianças, para nos ensinar o valor da alegria, do início da vida e da pureza. Esses espíritos não precisam comer doces ou tomar guaraná. Depende do médium, agir com equilíbrio e bom senso quando incorporar espíritos da falange das crianças. Se eles são espíritos esclarecidos têm que se comportar como tal. Não precisam se lambuzar de doces ou mesmo lambuzar as pessoas. Podem através do médium, comer doces ou guloseimas, mas sempre com o objetivo de orientação e esclarecimento. Sempre agem com bom senso e equilíbrio. Geralmente, as balas e guloseimas distribuídas na festa de São Cosme e Damião na Umbanda, estão repletas de boas energias.
           A festa de Cosme, Damião e Doun na Umbanda é muito bonita. O terreiro se enche de vibrações de alegria. É uma profunda renovação espiritual e esperança num mundo melhor.
        No dia 27 de setembro, faça uma pausa para a reflexão. Seu comportamento tem sido como o das crianças espirituais da Umbanda? Você tem sido alegre, bem humorado e espontâneo? Por que não? Aprenda com a linda falange das crianças e o exemplo dos gêmeos, Cosme e Damião. Cultive dentro do seu coração, o Amor, a Bondade e a Pureza de sentimentos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Lamento de Preto


Sofri no eito,
sofri na senzala,
Quanta dô em meu peito!
Chorei, sofri,
Apanhei de todo jeito
De sofrer quase morri
Quanta dô em meu peito!
Suor, lágrimas, derramei,
De dor, de saudade, chorei,
Sob o sol, sob a chuva no eito.
Quanta dô em meu peito!
Veio a liberdade,
Ainda assim eu chorei,
De alegria é verdade.
A tristeza não deixei,
Negro assim, não tem jeito.
Quanta dô em meu peito!
Morto, ao mundo, voltei.
Ouço quixa e sofrimento
Em todos os terreiros.
Quanta dô em meu peito!
É o continuar do meu lamento!

(Decelso – Livro: O Rosário do Preto-velho)









PRETOS VELHOS




Eles representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.
Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem discorrer sobre conceitos como karma e resignação como ninguém
Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos Pretos-Velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de Preto-Velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo-forma. Assim como crianças, caboclos e outras Linhas de Umbanda. Esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda assim, com essa identidade e afinidade.
O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão.

Desconheço a autoria do texto.















sábado, 30 de abril de 2011

OGUM




Orixá guerreiro, vencedor de demandas. O grande guerreiro da Umbanda. Senhor dos estradas, caminhos. Não há caminhos fechados para os filhos de Ogum. Seus filhos são falantes, amigos, obstinados e trabalhadores.Protetor de nossas casas e porteiras. Senhor das demandas, com sua espada em punho resgata, protege e guia todos os seus filhos.


Saudação: Ogum iê, Saravá Ogum, Ogum meu Pai
Sincretismo: São Jorge
Dia da Semana: Terça-feira
Data festiva: 23 de abril
Bebidas: cerveja clara
Ervas: Espada-de-São Jorge (espada de Ogum), Peregum-de-Ogum, Lança-de-Ogum, Vence demanda

sexta-feira, 29 de abril de 2011

HOMENAGEM A OGUM









Prece a Ogum Orixá, protetor, Deus das lutas por um ideal.
Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança.
Senhor Ogum, Deus das guerras e das demandas, livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos.
Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam.
Ogum Iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que percorremos.
Patacori...
Ogum Iê...
Ogum meu Pai, vencedor de demandas...
Ogum Saravá Ogum...
Salve meu Pai.

E que assim seja!